quinta-feira, 25 de maio de 2017

Por onde

Bate a hora.
É preciso, deixa-me ir.
É tempo agora,
E impreciso meu caminho e sentir.

Eu volto, mas eu vou.
Troco o acorde,
O ritmo mudou.
Toada, cântico, recorde.

O caminho
(Não caminho),
Adianta-se ao longo,
E nem onde se perde encontro.

Mas é caminho meu,
E me adianto embora.
Não te perdes do teu,
Que acho que volto antes da janta.
[ Pr'onde fui outrora? ]

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sem sequência

O que há no sorriso
E não há no olhar?
O que há no que vejo
Que não consigo falar?

Por que rima nenhuma importa,
Se tua beleza vai toda a rimar?
Iludo-me que existe esta porta,
E numa estrofe da tua rima posso entrar.

É mais singular
Do que parece a distância.
Há pouco que posso sonhar.
Há muito que me é ânsia.

Tanto que até me perco.
Está em tudo. Só em olhar.
Em minha guerra é um cerco
Onde batalho por acordar.