Sinto-me fraco,
Como não estou.
Sinto-me fraco.
Não sinto-me o que sou.
O que vejo passar...
Onde está o que vejo?
O que deveria faltar...
Por que nada mais desejo?
Por que sinto-me repleto?
Se nada há para me encher.
Do que sinto-me completo?
Do quê? Não consigo ver.
Por onde anda meu eu?
Por onde anda o que fui?
Se nada de mim se perdeu...
Mas nada me restitui.
Como quebra-cabeça incompleto
Que já se aceitou sempre assim,
Sou só um estranho dialeto.
Sou só um verso sem
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Aurora
II
Guardo algo que não sei guardar.
Tenho algo que não sei ter.
Na guerra entre seguir e tentar,
Não quero paz, quero meu ser.
Em frases extensas e pensamentos longos,
Na essência de alguém que sente mais que tem,
Penso e repenso. Revejo os pontos.
Sou tudo e nada. Alguém sem ninguém.
O que vês é o que vejo.
O que falas é o que falo.
Agora soa distante de tudo que ansejo.
Invisível e surdo. Faço-me cego e me calo.
Sem pressa vira o amanhã,
Repetem-se o olhar e a suspeita.
Será o sol ou a vilã?
Conheço a sombra que espreita?
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