domingo, 29 de janeiro de 2017

Aurora

I

Vira da chuva a madrugada, sem pressa.
É viagem e é surpresa.
No fim a história começa,
Cheia de suspiros, mas nada de luz acesa.

Por isso é tão escuro?
Não ainda, mais pra lá vejo luz.
Certeza da qual abjuro;
Engana e conduz.

Sem essência nenhuma
Fica vago o perfume.
Ainda que em pouco se resuma,
Não vaga o eu, nem me resume.

O intenso vira dia,
O prazer vira sorte.
Guardo em mente a imagem que sorria,
Sem perceber meu novo consorte.