quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Calamidade

Um pouco mais fora de casa, agora
O vento já não assovia mais solidão.
O tempo traz chuva, ainda, d’outrora
Mas a nuvem negra hesita ser escuridão.

O vento sopra a tempestade um pouco mais pra fora.
Que tome o mundo e me deixe a alma.
Que seja uma gota e não um dilúvio agora,
E vire mar tudo que me for calma.

Que o sono venha e não seja sonolento,
Pois que a alma clama calmaria.
Vem sono, é chegado o momento,
E te vai chuva, doce, que me acaricia.