Minha história está escrita na tua.
Meu ser existe no teu.
O que sou, por si só, não se situa.
Nem o sou. Não é nada o meu eu.
Só o sou quando sinto,
E me sinto evanescer.
Não o sou, porque minto,
E me perco ao me perder.
Ao não ser mais nada,
Encontra-me o vão que fui.
Mas para o vento o vão é estrada.
Mesmo no vão o rio flui.
Não o procura; Não se acha;
É vil intento acreditar assim.
Nem rima toda se encaixa.
Nem rima nada que há em mim.
Sigo sem nem ter existido,
Não condiz-me tentar o ser.
Quero pra mim ser esquecido.
Vislumbrar a Beleza, sem ter nem ver.