quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dupla face

I

Quando tua imagem reflete em meu olho
Imagino teus cabelos soltos
Teus olhos escuros em mente acolho
Imagino nossos braços envoltos.

Quando te vejo...
Não são só teus lábios
Te admiro e alvejo
São também teus ares sábios.

Teus ares de comédia
Eu rio quando tu ria
Trata de mim como tragédia
Mas é pura ironia.

Cuida de mim
Sem sólida intenção
Acolhe assim
Meu pobre coração.

II

Se mostra como eu vejo
Defende-te
É o teu desejo
E eu... desejo-te.

Fale que eu ouço
Não há problema,
Disposto como um moço,
Pra mim é melhor que cinema.

Tua beleza
Pra mim reluz
É a destreza
Que me conduz.

III

És o meu sol
Vaga a luz mo traz.
Minha isca, meu anzol
Pescar-me é errado, não se faz.

Mas quando te vejo triste
Procuro a solidão
Meu coração insiste
Minto a coragem, em vão.

Agradecido de mim
Quando vais embora
Termina enfim,
A saudade de antes, agora.

IV

Ao ler estes versos
Não saberá o seu valor
Serão apenas palavras e "gestos"
Espalhados sem lavor.

Por mim nada foi escrito
Por favor, compreeendei
Tudo foi esculpido
Pelas mãos de quem já citei.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Impossibilidades

O amor me causa euforia
Sabe bem o que me faz
Se não triste, cantaria.
Cedi ao mal que tu me traz.

O problema não está em si, ceder,
Porém ao longe
Quando ver
O coração quer ser de pedra, como de monge.

Se vejo, cheiro o perfume a passar.
Quem garante,
Correr e ultrapassar,
Que não lhe vou ver mais adiante?

O poblema não está no beijar,
Assim, doravante
Está no tocar
Ó fragil coração amante.