quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Repugnância

Eu tinha amor
Tinha compaixão.
Outras pessoas tinham.
E todos tinhamos outras coisas também.

Mas enquanto eu tomava café
E pensava, percebi
Que ninguém sabe o que sente
A nossa vida é a junção de tudo.

Quem sente amor, tem medo.
Quem tem medo, sente amor ou repugnância.
Quem tem saudade, teve algo para amar.
(Sentiremos saudade de nossas repugnâncias logo logo)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Um ponto a menos

A minha intuição
É só uma
Pobre manifestação
Um pensamento
Além de qualquer jurisdição
Posso Dizer
Com pobre entonação
Palavras e versos
Posso mentir
Sem intenção
Posso ferir
Principalmente a meu coração
Posso olhar
Ou posso não
Tentar
Talvez tentar em vão
Não digo o que é
Não digo quais são
A minha dor
Em mim, o meu coração.

Desperto o fim
Deserto então
Deserto sim
É o final, a indecisão.

sábado, 4 de outubro de 2008

Música Não

Tornei-me amigo de algumas músicas
Não por seu compositor,
Mas por que elas falam comigo
E formam meu diário.

Elas têm sentimentos.
Na maioria das vezes
Parece ser tristeza,
Até nas mais felizes.

Tristeza não muda.
Música também não.
Felicidade muda.
Música não.

Amor... Amor... Amor...

Amor é uma fase
Na qual já se nasce.
Amor é uma sina
Na qual a vida termina.

De amor o ser vive
Não há alguém que se esquive.
De amor o ser morre
Como do abismo se corre.

Ao amor questiono
"Como podes inspirar as palavras que menciono?"
E o amor me respondeu:
"Tu és eu".

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Realmente

De que vale essa briga?
Pra que guardar tanto rancor?
Se o que eu mais quero na minha vida
É usar de todas minhas esquisitisses e manias
Numa forma que se chama amor.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Recomendações

Diga a meu coração
Dama de honra, tentação
Que por hora amei à intenção
Que sei, não amei em vão.

Diga-lhe para não se preocupar
Há motivos para se dizer
Pois sei, lhe estão a amar
Razão pela qual viver.

Diga-lhe para obedecer-te
Diga o que diga, só amor oferte
Não o leve ao chão
Tente não lhe dizer não.

Diga para dar-lhe atenção
Que nunca a deixe na mão
Diga-lhe que ame com intensidade
Que insinue pensamentos com sagacidade.

Diga-lhe que ostente paz
Que nunca volte atrás
Diga-lhe como é a vida
E nunca deixe-o suportar tua partida

Diga-lhe que o rege
Mostre-lhe como o protege.
Siga sempre a razão
Do amor, meu amado coração.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Com muito amor...

Dedico esta poesia a uma pessoa que amo muito.

Minha cabeça é um poço de ilusões
Amor, magia e assombrações
Amor, ironia, relutância
Amor, agonia, ignorância.

Minha mente é uma selva de idealizações
Amor, romance e corações
Amor, Fé, Sabedoria
Do Amor até o "novo dia".

Minha imaginação é pobre em criar
Só penso e escrevo meu amor
Sem retálios, sem pudor
Sem criar, tudo por só em ti pensar.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dupla face

I

Quando tua imagem reflete em meu olho
Imagino teus cabelos soltos
Teus olhos escuros em mente acolho
Imagino nossos braços envoltos.

Quando te vejo...
Não são só teus lábios
Te admiro e alvejo
São também teus ares sábios.

Teus ares de comédia
Eu rio quando tu ria
Trata de mim como tragédia
Mas é pura ironia.

Cuida de mim
Sem sólida intenção
Acolhe assim
Meu pobre coração.

II

Se mostra como eu vejo
Defende-te
É o teu desejo
E eu... desejo-te.

Fale que eu ouço
Não há problema,
Disposto como um moço,
Pra mim é melhor que cinema.

Tua beleza
Pra mim reluz
É a destreza
Que me conduz.

III

És o meu sol
Vaga a luz mo traz.
Minha isca, meu anzol
Pescar-me é errado, não se faz.

Mas quando te vejo triste
Procuro a solidão
Meu coração insiste
Minto a coragem, em vão.

Agradecido de mim
Quando vais embora
Termina enfim,
A saudade de antes, agora.

IV

Ao ler estes versos
Não saberá o seu valor
Serão apenas palavras e "gestos"
Espalhados sem lavor.

Por mim nada foi escrito
Por favor, compreeendei
Tudo foi esculpido
Pelas mãos de quem já citei.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Impossibilidades

O amor me causa euforia
Sabe bem o que me faz
Se não triste, cantaria.
Cedi ao mal que tu me traz.

O problema não está em si, ceder,
Porém ao longe
Quando ver
O coração quer ser de pedra, como de monge.

Se vejo, cheiro o perfume a passar.
Quem garante,
Correr e ultrapassar,
Que não lhe vou ver mais adiante?

O poblema não está no beijar,
Assim, doravante
Está no tocar
Ó fragil coração amante.

domingo, 25 de maio de 2008

Coisas

De sensacionais às mais simples.
De miraculosas às pobres.
De nada, enfim, a tudo, então.
Das pequenas que não nos importamos
Às grandes as quais questionamos.
De filmes, livros, da imaginação, de amores.
São coisas da paixão,
Coisas que, assim, pairam em meu coração.

São coisas dos nomes.
Não decorados então.
Supersticiosos.
Escolhidos do fundo do coração.
Nomes que escolhemos ansiosos.
De coração na mão...
Assim como tu em mim então.

São coisas assim...
De você pra mim.
Coisas do amor.
Como um nome, como uma vida.
Coisas que fizemos, coisas que faremos.
Coisas que falei, (e cá entre nós... coisas que cochichei...).
Coisas que eu sei, e só eu saberei.
Coisas que entre nós compartilhei.
Coisas de trocas de olhares, pois, claramente, eu te olhei.
Coisas que em você, certamente, encontrei.
Coisas que, do fundo, em você amei.
Coisas que Amo, e sempre amarei.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Homenagem - Autopsicografia

Deixo aqui minha sincera homenagem a este grande escritor, Fernando Pessoa.

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


Fernando Pessoa

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Otimismo

Anoitece agora.
Anoitece toda hora.
Meu medo: Lá fora
É sair, é ir embora.

Anoitece, céu negro como meu coração
É dor, é pura escuridão.
Qual é o problema? É sentir em vão
Pois nossos corações de pedra são.

A escritura da fatalidade
Fatigado em mentalidade
A minha dor - A minha identidade
Daqui à toda humanidade.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Olho Gordo

O olhar é a fúria
O olhar é o medo
É ser cego
É morrer cedo.

O olhar é um infortúnio
O olhar é o ódio
É o passo errado
É o passo não dado.

O olhar é o coração
É andar, é dar a mão.
O olhar é ficar para trás
É cair e só achar chão.

O olhar é desistir
O olhar é a vontade
É tudo em vão
É mentir, é dizer não.

O olhar é o preço
O olhar é o desgosto
É não ser visto
É ser de lado posto.

O olhar é não olhar
Não olhar e não saber
Não ter e não querer
Não poder e não viver.

O olhar é a maldição
É sentir a escravidão
É olhar no escuro em vão
Afinal tudo é escuridão.

O olhar é a indecisão
O olhar é dar o braço a torcer, é perder a mão
É esquentar a mente
E desistir do coração.

Olhar é só olhar
Olhar é só viver
Olhar é não dizer
É amar... E não saber.

sábado, 22 de março de 2008

338 Letras

338 letras para me expressar
Desse limite não posso passar
Difícil vai ser escrever
Tudo que sinto por você.

252 Letras, o limite diminui
Ainda nem comecei...
Será que alguma hora direi
"Terminei"?

187 Letras,
Que fim terá isso?
Bom...
Pelo menos não tenho o compromisso.

Eu amo você,
126 letras tenho para dizer,
E apesar do limite
Faço-lhe um convite.

Ó pequena dama,
Conceda-me a honra desta trama.
Não precisas dizer que me ama...
Afinal, 8 letras faltam para acabar minha fama.

O limite acaba por ser ultrapassado
Eu sabia que no final,
Nada teria acabado.
Lamento por não ter me expressado.

sábado, 15 de março de 2008

Ah Vida!

Ah! Vida ligeira!
Por que não me concedes o suspiro do demorado e eterno amor?
Por que não me ves como sincero discipulo da vitalidade em vez da solitude?
Por que não botas em minha vida o ardor?
Por que não me eleva em alta altitude?

Ah! Vida coruja!
Por que botas a dúvida em minha cabeça?
Por que faz do amor a minha doença?
Por que da calma em minhas virtudes?
Por que doenças e solitudes?

Ah! Vida Sentimental!
Por que o amor impossível?
Por que sonho com o invisível?
Por que sem rumo me deixas?
Por que me causa tantas queixas?

Ah! Vida esperta!
Em meu peito deixaste a porta aberta!
Talvez do inferno venha tua oferta.
Vens de pura e vívida esperança
Que, tolamente, me deixas como criança.

Ah! Vida chegada!
Esperas que te sigo
Se estou vivo eu consigo.
Em mente te imagino
Como um amor, como um amigo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Flores

A flor é flor.
Despetulada,
Destruida,
Mas é flor.

Em meios vão,
Plantadas
Aradas,
Dotadas de beleza.

Vividas,
Nascidas viradas ao sol,
Algumas,
Como corujas e morcegos.

É vida e amor,
Beleza e cor.
Ah! Campos de solidão,
Que me assolam o coração.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Caro Amor...

Lamento-me muito quando me procuras
Lamento-me ainda mais porque me torturas
A raiva que sinto de ti, amor
É a nossa união, distante.

Não, tu não diz que me odeia
Eu não critico.
o problema é sermos nós.
Amor, o amor!

Se pudessemos separarmos
(Como acredito que tu já fez)
Sentiria-me melhor.
Amor, são meus sentimentos!

E que a raiva que se apossa de mim
Não seja tão pesada.
Não seja como a facilidade que te habita
Esqueça de mim, não sou mais eu, amor.

Você nunca me lançou um olhar
Nunca me permitiu tua voz.
Amor, por que distante nos vemos?
Se, sinceramente, amor, eu amo.

Seja o que for para ti
Se tu ve o infinito radiar
Persegue a ti mesma em circulos
E eu não vejo, amor, eu não vejo.

Sou umas coisas fúteis
Palavras e poemas desarranjados
Formas e riscos sem proeza
Armários e portas trancados.

Lembro como choravas
E eu amava
Você dava risadas...
E eu... amava.

Por favor....
desapareça.